Atacadista Distribuidor Segue Jornada de Digitalização
Grupo Martins Cresce 42%
Texto: Larissa Varjão
O Grupo Martins,
atacadista distribuidor, cresceu 42% nos últimos dois anos. Além disso, a
empresa ficou em 2º lugar no Ranking ABAD/Nielsen 2022, com faturamento de mais
de R$ 7 bilhões em 2022. Esse crescimento está relacionado à uma estratégia de
digitalização iniciada em 2019. "O crescimento maior tem a ver com a jornada de
digitalização, que tem o foco em quatro elementos: os nossos clientes,
indústria e pequeno varejista; o resgate da nossa essência como atacadista
distribuidor; alavancagem do nosso ecossistema; e transformação digital que
começamos a partir do nosso marketplace", afirma Rubens Batista, CEO do Martins
Atacado, em entrevista exclusiva ao Jornal Giro News. Por ano, a empresa atende
em torno de 230 mil clientes de todo o país.
Investimentos na Operação
Os investimentos da empresa têm
sido direcionados para tecnologia da informação (TI), e mais recentemente,
começaram a investir nos centros de distribuição (CD) nesse ano. "A gente tem
investido na ampliação do nosso CD de Uberlândia (MG) e na realocação do nosso
CD de Goiás, que vai dobrar de tamanho, passando de 20.000 metros para cerca de
40.000 metros de área", explica Rubens. Para 2022, a meta é crescer em linha
com a inflação. "A gente acha que vai ser um ano difícil, principalmente em
algumas linhas como eletroeletrônicos, mas esperamos pelo menos crescer em
linha com a inflação, para não perder relevância", revela o CEO. Ainda na sua
visão, o mercado de distribuição está maduro no Brasil, mas ainda assim cresce
e é relevante.
Futuros Projetos
A tendência para o
setor é a digitalização, acredita o executivo. "Eu acho que isso é uma coisa
que vai ser cada vez mais importante, e esse processo de digitalização deve
influenciar também o modelo de negócio." Além disso, o maior projeto do Grupo
Martins é ressignificar o modelo de atacado generalista. "A gente quer criar um
modelo atacadista generalista chamado 4.0, com maior competitividade e mais
alinhado as tendências atuais. Ou seja, transformar o Martins em uma empresa de
tecnologia e inteligência que distribui mercadorias sem, no entanto, perder a
nossa característica relacional, que é ser muito próximo dos nossos clientes",
finaliza.