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A HISTORIA DE GESTAÇÃO DE UM PROJETO

09/02/2011

A HISTORIA DE GESTAÇÃO DE UM PROJETO

É preciso conhecer um pouco da historia para se analisar com maior clareza o modelo atacadista brasileiro. Na época em que o Makro chegou até nós, em 1972, o setor atacadista operava em duas modalidades que conviviam em harmonia sob o mesmo teto: atacado de balcão e atacado de entrega. O armazém que servia de deposito, também, abrigava o balcão para atender compradores. Era comum o cliente ir até o atacado, fazer a encomenda e aguardar a entrega em seu estabelecimento.


É preciso conhecer um pouco da historia para se analisar com maior clareza o modelo atacadista brasileiro. Na época em que o Makro chegou até nós, em 1972, o setor atacadista operava em duas modalidades que conviviam em harmonia sob o mesmo teto: atacado de balcão e atacado de entrega. O armazém que servia de deposito, também, abrigava o balcão para atender compradores. Era comum o cliente ir até o atacado, fazer a encomenda e aguardar a entrega em seu estabelecimento.

Enquanto, no Brasil, convivíamos com esses dois modelos primitivos, nos Estados Unidos, por sua vez, o atacado se firmava como Operador Logístico e de Marketing para os varejistas independentes. Porém, convém ressaltar: a legislação tributaria norte-americana é bem diferente da brasileira. A operação do atacado norte-americano, ao contrario do brasileiro, não se enquadra como comercio e sim como prestador de serviço.

As empresas atacadistas norte-americanas só pagam imposto de renda sobre o lucro da operação de recepção de mercadorias, estocagem, picking (coleta), transporte e entrega.

Por esses serviços e mais as ações de marketing os varejistas pagam um percentual de 7% a 12% ao atacado. Porém, como ponto fundamental nesse conceito, o atacado não coloca nenhuma margem sobre a venda das mercadorias, limitando-se a repassá-las pelo mesmo valor entregue pela indústria.

Essa maneira de regulamentar a atividade atacadista faz com que a legislação, também, proteja o varejo contra possíveis especulações, defende a livre concorrência e não configura o atacado como uma atividade comercial. Dentro do modelo norte-americano é preciso, também, considerar que nenhum atacado bate de porta em porta competindo a cada pedido. Longe disso, o varejista negocia com o atacado o abastecimento de sua loja e uma taxa de serviço e recebe todas as mercadorias para repor em suas gôndolas.

O atacado funciona como centro de distribuição dos varejistas independentes e não como intermediário ou especulador. No cenário norte americano não resta muito espaço ao cash & carry – atacado de autosserviço. Ele perde muito de sua função e se restringe a suprir pequenos cantineiros, processadores de alimentos artesanais e minúsculos varejistas.

É comum a tentativa de se estabelecer parâmetros entre o atacado de autosserviço americano e europeu com o modelo brasileiro, sem levar em conta o panorama logístico e estrutural dos equipamentos de abastecimento e modelos adotados no exterior. Não é recomendável estabelecer paralelos com os modelos do exterior, em um país onde o distribuidor disputa pedidos um a um com os demais distribuidores e um caminhão sai do atacado para fazer mais de 20 entregas, chegando, em muitos casos, a cobrir mais de mil quilômetros de distancia e atender a mais de 80 pedidos.

Nos países onde o atacado serve como centro de distribuição para varejistas independentes, um caminhão faz, em média, duas viagens por dia. Em alguns casos o mesmo cavalo mecânico entrega um container (carreta) com todas as mercadorias que a loja precisa, em uma atividade noturna e retira o container vazio do dia anterior vazio. Não perde tempo descarregando mercadorias. O container funciona como deposito da loja.

No Brasil, dentro de um cenário carente de definições, o atacado de autosserviço abre o seu espaço, para suprir compradores profissionais e ao mesmo tempo atender uma pequena parcela de consumidores domésticos. A Pesquisa Cash & Carry – Shopper & Behavior, do Portal Giro News, vem trazer uma luz sobre o modelo e propor a descoberta de oportunidades de negócios. Acompanhe o passo a passo e veja o quanto sua empresa pode usufruir das edições semanais com informações inéditas sobre o desconhecido shopper do Cash & Carry.

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