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BAR E LANCHONETE NÃO É SÓ HAMBURGUER

Destaque BAR E LANCHONETE NÃO É SÓ HAMBURGUER
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Destaque BAR E LANCHONETE NÃO É SÓ HAMBURGUER
Destaque BAR E LANCHONETE NÃO É SÓ HAMBURGUER

O maior grupo de compradores do atacado em autosserviço são os donos de bares e lanchonetes, que representam 33,8% do total apontado na pesquisa Cash & Carry – Shopper & Behavior, do Portal Giro News. Eles, também, são compradores com um ticket médio de R$ 506,39, ou seja, R$ 31,19 acima da média dos pesquisados. Como não poderia ser diferente, esse shopper é o maior comprador de bebidas, categoria com participação de 37,2% em seus carrinhos.

O maior grupo de compradores do atacado em autosserviço são os donos de bares e lanchonetes, que representam 33,8% do total apontado na pesquisa Cash & Carry – Shopper & Behavior, do Portal Giro News. Eles, também, são compradores com um ticket médio de R$ 506,39, ou seja, R$ 31,19 acima da média dos pesquisados. Como não poderia ser diferente, esse shopper é o maior comprador de bebidas, categoria com participação de 37,2% em seus carrinhos.

Teoricamente o gerenciamento de categorias para atender esses compradores pode parecer simples, até porque em suas origens muitos cash & carrys foram criados para atender esse publico. Dizia-se, “aquele tal” atacarejo atende dogueiros, butequeiros e pizzaiolos. Era comum o serviço de auto falante das lojas anunciarem promoções relâmpagos de salsichas, de bisnagas, hambúrgueres e mussarela. Aos poucos as lojas foram evoluindo, redes regionais foram incorporadas por grandes grupos e sofreram transformações radicais.

O formato original de muitos atacados em autosserviço também evoluiu. As redes perceberam que poderiam atender públicos de diversas origens com o modelo de loja dentro da loja. A rede Makro, por exemplo, criou uma loja altamente diferenciada para atender compradores de bares, restaurante e hotéis de alto nível. Esse novo formato, com especialidades gourmets, adega com vinhos importados e charutaria, ganhou inclusive a marca Speciale, com checkout exclusivo, no formato do que eram as antigas lojas de importados dentro de grandes lojas e hipermercados da década de 1980.

O Giga, loja única do supermercado Mambo, de São Paulo, fez uma tentativa de criar uma feira de FLV em um espaço climatizado, anexo à loja, porém recuou desse modelo e reintegrou o FLV à loja. Considere que o tempo de permanência do shopper dentro da loja é escasso, como já vimos em análises anteriores, portanto, sempre que o objetivo for atender ao frequentador habitual é recomendável manter as mercadorias que ele procura dentro de um roteiro racional, evitando levá-lo para novos espaços. Isso não significa que você não precise gerar novas ambientações e novos avizinhamentos para as categorias, integrando-as dentro de um objetivo estratégico para atender aos compradores.

É dentro do clima desta analise que você precisa atender a este publico prioritário, eles representam na pratica um terço de seus clientes, portanto as cinco principais categorias adquiridas por eles devem ser encaradas como destino, até porque, três delas – bebidas, lácteos e laticínios, e FLV – estão no topo das compras de outros compradores, como vimos em outras análises. Fique atento, porque os produtos das cinco primeiras categorias representam 69% das compras de donos de bares e lanchonetes. Diferente de outros compradores, em terceiro e quarto lugar nessa lista estão as categorias de molhos/temperos/caldos e de pães. O que sem dúvida caracteriza o ramo de atividade, ou seja, não existe sanduíche (lanche), sem a dupla mostarda/catchup e impossível seria sem o pão.

Não se pode esquecer também que a maioria dos bares, na hora do almoço, acompanha o modelo dos restaurantes populares e servem o indefectível prato feito e também o prato do dia. Nesse sentido, convém rever as recomendações da análise dos dados da pesquisa para os donos de restaurantes e rotisserias. Uma categoria, entretanto, chama a atenção, pelo seu significado tanto para donos de restaurantes, quanto para os donos de bares e lanchonetes. É a categoria que reúne os descartáveis. Dentro dessa categoria, se destacam em primeiro lugar os guardanapos. A presença dos guardanapos liderando a categoria de descartáveis dentro do atacado em autosserviço, se rivaliza com o papel higiênico, que domina a categoria dentro dos supermercados e hipermercados.

O atacado em autosserviço deve ficar atento para aproveitar oportunidades nas ofertas para donos de bares e restaurantes. A maioria deles vende cochinhas, empadinhas e uma série de salgados, porém, não os produz, enquanto outros de seus clientes são especialistas na confecção desses itens. Crie um espaço para oferecer produtos adquiridos dos clientes. Pense desta maneira, também, em relação à sobremesa, quase ausente dos bares e lanchonetes, quando poderiam ser uma fonte extra de renda. Se você não puder criar uma área de preparo de sobremesas, lembre-se que os seus clientes de padarias são exímios fabricantes de doces. Essas parcerias podem parecer ingênuas, porém, com toda certeza, serão um diferencial fundamental para fidelizar clientes.

20/04/2011

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Escrito por AC Yazbek - análise

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