SALGADOS E DOCES ARTESANAIS
Os transformadores artesanais, que produzem salgados e doces em casa, são o terceiro maior grupo de compradores do atacado em autosserviço, com 11% de participação, segundo a pesquisa Cash & Carry – Shopper & Behavior. Porém, preparar a loja para atender esse shopper exige uma compreensão detalhada sobre o que ele procura no dia a dia, já que a variedade de alimentos preparados vai de um simples sanduíche a um sofisticado bolo de noiva. Daí a complexidade no gerenciamento de categorias para esse comprador tão peculiar. Clique em Leia Mais.
Os transformadores artesanais, que produzem salgados e doces em casa, são o terceiro maior grupo de compradores do atacado em autosserviço, com 11% de participação, segundo a pesquisa Cash & Carry – Shopper & Behavior, exclusiva do Portal Giro News. Porém, preparar a loja para atender esse shopper exige uma compreensão detalhada sobre o que ele procura no dia a dia, já que a variedade de alimentos preparados vai de um simples sanduíche a um sofisticado bolo de noiva. Daí a complexidade no gerenciamento de categorias para esse comprador tão peculiar.
A participação expressiva desse comprador se contrasta com seu ticket médio, que é de R$ 398,38, ou seja, R$ 76,82 inferior à media apontada na pesquisa. Ao mesmo tempo, é um comprador cuja média de produtos adquiridos em caixas fechadas (shrink, fardo, saco, peça) é de 82,0%, ou seja, inferior à media que é de 91,8%. Isso não faz dele um comprador inferior aos demais, porque este shopper geralmente não tem espaço para estocar mercadorias e sua atividade exige produtos perecíveis e frescos, o que os obriga a um número de visitas à loja superior ao de outros compradores.
Avaliando as compras desse shopper, observou-se um grande equilíbrio a ponto das cinco principais categoria – bebidas, lácteos/laticínios, descartáveis, FLV e farinhas/fermentos/misturas –, representarem 59,1%. Porém, é um expressivo comprador de pães, massas e óleos/azeites/gorduras, categorias que somam 14,7%. Depois dessas categorias, nota-se um peso especial de café, peixes em conserva, frios/embutidos, aves, conservas/vegetais e a categoria óbvia de molhos/temperos/caldos, com uma participação de 14,6%.
Essa diversidade de categorias exprime bem a variedade de alimentos ofertados por esses compradores. Além dessa variedade, também, há uma grande diferença entre o que cada um produz e o quanto produz, em função da forma que atendem os seus fregueses. Fica até difícil quantificar o atendimento que prestam. Alguns declaram que vendem seus quitutes em casa, geralmente transformam a garagem ou a lateral (coberta), em uma lojinha improvisada de salgados, sanduíches, cafezinho, chá e doces, outros vendem para bares coxinhas, empadinhas, risoles. Existe um grupo especializado em vender doces para restaurantes, churrascarias e bufetts. Sem se falar em vendedores ambulantes, que percorrem ruas comerciais e shoppings servindo balconistas e atendentes. Existem também os especialistas em salgadinhos, docinhos, sanduíches e bolos para festas.
Diante dessa variedade de alimentos produzidos e da diversidade de forma de comercialização, atender esse shopper pode parecer uma tarefa impossível, o que não é verdadeiro, mas requer sutileza, ou seja, não pense nele de forma isolada, porém dentro de uma estratégia de atendimento dos serviços que esse comprador presta e, lembre-se, você já está trabalhando essa diversidade dentro da loja, atendendo públicos específicos, como donos de bar, de restaurante, de padaria, de pizzaria e de rotisseria, portanto, se sua loja já se estruturou para gerenciar as categorias exigidas por esses segmentos, com certeza está preparada para o atendimento desses transformadores que trabalham em casa.
Não pense, entretanto, em relegar o atendimento desse shopper a um segundo plano, muito pelo contrario, estruture um serviço de aulas direcionadas para aprimorar o conhecimento desse cliente. Dentro de cursos específicos sobre salgados, doces, chocolates e outros quitutes, crie junto com seus fornecedores aulas complementares sobre planejamento de compras, administração de estoque, gestão de fluxo de caixa, aproveitamento de sobras e higiene no processamento de alimentos. Esses cursos, se bem estruturados, vão tornar esses clientes fieis à sua loja.
Além dos cursos, você pode criar ofertas direcionadas diretamente a esse público, porém, sem mencioná-los, porque podem ser atrativas também para outros compradores. Crie, por exemplo, a semana do sanduíche, semana do bolo, semana da empadinha e assim por diante. Imprima no seu tablóide novas receitas e agite os produtos que integram as receitas, já orientando para o numero de unidades que devem ser compradas para grupos de 20 preparos, por exemplo. Não se esqueça, esses transformadores artesanais são extremamente sensíveis ao preço de cada produto de sua lista de compras. Como esses itens são rotineiros, eles tem informação de onde adquirir cada um pelo menor preço. Tirando algumas marcas nas quais se fixam, por oferecerem melhor rendimento, ou sabor nas receitas, tenha sempre em oferta marcas de menor preço e boa qualidade para atender a esse shopper.
