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Sinal de Recuperação

Vendas no Varejo Ficam Estáveis em Junho

10/08/2016

Sinal de Recuperação
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Sinal de Recuperação
De acordo com dados do IBGE divulgados ontem (09), ainda sem sinais robustos de recuperação, as vendas no varejo ficaram praticamente estáveis em junho, com leve alta de 0,1%. O dado de junho indica que o comércio esboça um movimento, após cair 0,9% em maio. Na comparação com junho do ano passado, a queda foi de 5,3%. No ano, o varejo acumula queda de 7%. Para Fabio Bentes, economista da CNC (Confederação Nacional do Comércio), o termo "recuperação" ainda é de um otimismo exagerado para descrever o desempenho do setor no ano de 2016. A palavra mais precisa, segundo ele, seria "reação".

Sinalização de Crescimento Deve Acontecer no Final do Ano

 A queda de 5,3% em junho [em relação ao mesmo mês de 2015] é ruim, mas a queda anterior, de maio, havia sido pior, de 9%. São duas quedas, mas uma é quase o dobro da outra", diz Bentes. O assessor econômico da FecomercioSP Fabio Pina concorda que ainda não é possível chegar a conclusões muito positivas de que o comércio está melhorando. Para ele, a volatilidade nas vendas tem sido tão forte que dificulta a visão de uma trajetória de melhoria contínua. A sinalização de um novo crescimento, e ainda com base fraca, deve surgir apenas no final do ano, segundo o economista da FecomercioSP.

Setor de Tecidos, Vestuário e Calçados Tem Alta nas Vendas

Houve aumento de vendas em áreas como tecidos, vestuário e calçados (0,7%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,8%). Os setores foram beneficiados por feriados de junho como festas juninas e Dia dos Namorados. Entre os setores que registraram sinais negativos na comparação com maio estão combustíveis (-0,1%), móveis e eletrodomésticos (-0,1%) e artigos farmacêuticos, médicos e de perfumaria (-0,2%).

Desempenho de Hipers e Supermercados Recuam

 O comércio foi negativamente pressionado pelo desempenho de hipermercados e supermercados, produtos alimentícios e bebidas, que recuaram 0,4% em junho. Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação caíram 3,6%. A receita nominal de vendas do varejo cresceu 0,9% em relação a maio e avançou 6% em relação a junho de 2015. A inflação no período foi de 8,84%. O indicador de comércio ampliado, que inclui veículos e material de construção, teve queda de 0,2% na comparação com maio, reflexo da retração de 1,3% do segmento automotivo.  
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