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Vítimas da Macroeconomia

Macarrão e Pão Devem Sofrer Novos Reajustes

27/01/2016

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Os produtos derivados do trigo devem seguir novamente este ano um caminho de alta nos preços. Em 2015, o reajuste médio foi de 12% e, caso a economia siga no mesmo ritmo, em 2016 a inflação no setor deve se manter no mesmo patamar. "5 milhões de toneladas de farinha, que é metade do que o brasileiro consome, é importada. Se o câmbio e o cenário econômico se manterem como o atual, certamente teremos um ano novamente com inflação na casa dos dois dígitos", disse em entrevista exclusiva Claudio Zanão, presidente da Abimapi, que representa a indústria de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos industrializados.

Os Mais Afetados
Segundo Zanão, todo o mercado derivado de trigo é impactado pela alta do dólar, bem como pela própria inflação dos serviços no Brasil, porém, alguns tem esse dano potencializado. "Produtos como o macarrão e pão, que são constituídos de 60% a 70% de farinha de trigo, são muito impactados. Além desses, o biscoito também sofre, já que em média possui de 30% a 40% de farinha", complementa. "Nós já estamos ouvindo falar em repasses de 6% já agora no início do ano, mas não acredito que seja algo em larga escala. Algumas indústrias têm estoque de trigo e vão retardar ao máximo esses aumentos, justamente para não perder volume e competitividade, mas se o câmbio seguir nessa toada, o reajuste não vai fugir da média do ano passado".  

Resultados e Projeções

Apesar da alta nos preços, a Abimapi não prevê queda em volume para este ano. "Nossos produtos têm grande penetração. Macarrão e biscoito estão em 99,5% dos lares brasileiros. Além disso, o macarrão é sempre barato e o biscoito tem uma gama de pacotes e preços muito variados também. Mesmo que o consumidor mude um pouco seu comportamento, ele não vai deixar de comprar esses itens. Isso sem falar no pão industrializado, que possui 75% de penetração e segue em pleno crescimento", afirmou Zanão. A entidade ainda não tem os valores consolidados do ano passado, mas espera fechar com estabilidade. "Ainda estamos um pouco ansiosos quanto a isso pois no último trimestre do ano parece que houve uma queda, mas tivemos um bom primeiro semestre. A expectativa é fechar 2015 em linha com 2014, o que já será um grande resultado", finalizou.  



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