Petshop autônomo quer atingir 350 lojas em 3 anos

Levar o conceito de proximidade, já trabalhado em outros segmentos do mercado, ao varejo pet. Essa é a proposta da Pet to Go, empresa que nasceu em abril deste ano e iniciará a operação de três lojas-piloto em agosto. Em entrevista exclusiva ao Jornal Giro News, o sócio-diretor Tom Ricetti revela que as primeiras unidades serão instaladas em São Paulo e São Carlos (SP). Até o final do ano, o objetivo é abrir pelo menos mais três pontos de venda, incluindo Ribeirão Preto no plano de expansão. "Teremos lojas próprias e franqueadas. O custo da franquia deve ficar em torno de R$ 55 mil e R$ 60 mil. Devemos escalar rápido e chegar a cerca de 350 lojas em três anos. Eu acredito que esse número pode ser maior", destaca Tom. "É um mercado que nunca olhou para conveniência, e nós estamos seguindo o que já está acontecendo com outros mercados."

Parceria com a Onii
Em 2023, a rede prevê implantar 35 unidades próprias, chegando ao total de 41 operações. Por meio do modelo de franquia, que deve ser lançado após três meses de testes das primeiras lojas, a ideia é levar o petshop autônomo para todo o país. Já a expansão própria deve ser concentrada no estado de São Paulo. "A nossa expectativa é iniciar a negociação de franquias em dezembro", antecipa. Com mix de 600 SKUs, as lojas têm áreas de 14 m² a 30 m². Além de Tom, que também é sócio-fundador da rede de minimercados autônomos Onii, a Pet to Go foi criada por outros dois empresários do ramo pet. Toda a parte operacional, que inclui frentes como meios de pagamento e controle de estoque, será fornecida pela Onii SaaS, divisão que oferece soluções de tecnologia para outras empresas.

Mercado em Potencial
O público-alvo da nova rede é formado por donos de pets que moram em regiões populosas. "Nossas primeiras lojas estão sendo instaladas em postos de combustíveis, sendo duas no lugar da estrutura da troca de óleo e uma dividindo espaço com a Onii. E temos 40 mil postos de combustíveis no Brasil", explica o empresário. O intuito é implementar o petshop autônomo também em locais como condomínios. Futuramente, os planos da Pet to Go preveem atacar outras lacunas identificadas no mercado, sempre com atendimento via aplicativo. "Pensamos, por exemplo, em um 'guarda pet' em restaurantes. Será um grande equipamento com água, ração e brinquedo, onde o pai de pet poderá deixá-lo enquanto come ou vai ao shopping. Já nos parques, falta um dispenser de ração para o pet comer na hora." Para Tom, a busca por conveniência se transforma em oportunidade à medida que os animais de estimação são considerados integrantes da família. "Os custos com pets mais do que dobraram nos últimos 10 anos", finaliza.

Texto: Bruna Soares