O Potencial do E-commerce Alimentar
Universo Promissor
Existem no Brasil, 40
milhões de consumidores ativos comprando pela internet. Porém estão
desassistidos por alguns segmentos. O canal alimentar é um deles. Os
especialistas são unânimes em afirmar que esse cenário deve ser bem diferente
daqui alguns anos. "Eu acho que é uma questão de tempo até que o brasileiro
compre em larga escala seus alimentos na internet. Isso já começou a acontecer
aos poucos. A gente já percebeu que no Brasil esse segmento tem crescido um
pouco acima dos outros, em termos proporcionais, e eu acho que é uma questão de
tempo mesmo, em curto prazo, para o brasileiro adotar esse canal e o segmento
realmente se destacar bastante", revela Maurício Salvador, Presidente
daABComm - Associação Brasileira do Comércio Eletrônico.
Tendência Mundial
Segundo Maurício, muito
além do Brasil, este é um mercado que tem crescido globalmente. "Nós
acreditamos que seja o canal que vai crescer mais rapidamente em relação aos
outros nos próximos anos, no e-commerce. Isso porque nós temos observado o que
tem acontecido nos Estados Unidos, Europa e Ásia e a tendência é que no Brasil
aconteça a mesma coisa", conta.
Para Gerson Rolim, diretor
de comunicação e marketing da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico
(camara-e.net), o potencial é enorme e já possui projeções avançadas. "Para se
ter uma ideia, espera-se que o segmento de alimentos será o que mais vai
crescer no comercio eletrônico na Europa até 2018 e falando especificamente de
um país, o Reino Unido, a expectativa é que até 2018 o segmento alimentício
atinja a segunda posição dentre os segmentos mais comprados através do
e-commerce na Inglaterra. Então é uma tendência global", explica.
Logística em Destaque
De acordo com a Head de
Marketing do Mercado Pago, Celina Ma, existe a demanda mas a oferta, dos
supermercadistas no Brasil, é pequena, o que ocasiona um avanço pequeno em
relação ao que se pode imaginar. "A demanda existe, de acordo com uma pesquisa
realizada pelo Mercado Pago. O ponto principal aqui é a oferta, não está
disponível. Então eu acho que se a oferta crescer a demanda vai acompanhar.
Falta disponibilidade dos supermercados e também ter mais opções de frete
gratuito", explica.
Evolução a Curto Prazo
Segundo Pedro Guasti, CEO
da Ebit, a venda de alimentos pela internet tem uma participação muito pequena no mercado brasileiro, mas tem
potencial. "Nós temos visto algumas iniciativas de startups nascendo aqui
voltadas para esse mercado. A gente sabe que no Brasil tem cerca de 40 milhões
de consumidores ativos, medidos pela internet, pela e-bit, e esse número de
pessoas em algumas cidades já geram massa crítica para alterações com inovação
e benefícios ao consumidor. Então a gente imagina que isso nos próximos 2 ou 3
anos possa aumentar consideravelmente", finaliza.