Carrefour Direciona Olhares para o Varejo Online
Bola da Vez no Carrefour
Com 263 lojas físicas espalhadas pelo
país, o Carrefour aposta, também, no avanço de sua operação virtual. O
e-commerce da rede cresceu 110% em vendas no quarto trimestre do ano passado,
no indicador GMV - volume que inclui outras receitas e a operação de
marketplace. No entanto, dentro desse mundo online, há um segmento que está
atraindo a atenção de diversos players. "O e-commerce alimentar deve crescer
muito no Brasil nos próximos anos, porque ele é a bola da vez internacional, ou
seja, no mundo inteiro hoje só fala neste mercado", comenta Luiz Escobar,
diretor de e-commerce do Carrefour Brasil, em entrevista exclusiva ao Jornal
Giro News.
Centros de Distribuição Exclusivos
Com um mix composto por oito mil
produtos alimentícios em seu site, o Carrefour conta com um centro de
distribuição exclusivo para essa demanda, localizado no bairro do Brooklin, em
São Paulo (SP). "Futuramente, a gente vai ter CDs descentralizados, mais perto
do consumidor", confidencia o executivo. "Acreditamos que até 2025 vamos estar
numa casa de dois dígitos de bilhões com o e-commerce alimentar no Brasil. No
ano passado, já passamos da casa de bilhão." Para o diretor, a expansão deste
canal no país se dá devido ao movimento realizado por empresas como Rappi,
Glovo e iFood, além das que atuam com o setor não alimentar, como B2W e Mercado
Livre.
Logística é Cara
De acordo com Escobar, "é caro
transportar uma entrega alimentar", e este é um aspecto que interfere no
desenvolvimento do comércio eletrônico de alimentos. "O serviço de entrega
feito por supermercados não é muito difundido no Brasil, porque é caro
conquistar eficiência. É necessário estar perto do consumidor, trafegar pouco
com a mercadoria e aliar investimentos à tecnologia", explica. Além disso, o
diretor destaca que mais formas de pagamentos devem ser oferecidas e os players
devem se atentar ao sortimento disponível em estoque, já que "no e-commerce de
alimentos, a maioria dos varejistas, no mundo inteiro, não só no Brasil,
decidiram separar os produtos do pedido direto na loja".