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Código 2D Amplia Possibilidades de Comunicação pelo Produto

Digitalização da Embalagem

Destaque Código 2D Amplia Possibilidades de Comunicação pelo Produto
Destaque Código 2D Amplia Possibilidades de Comunicação pelo Produto

Texto: Bruna Soares

Uma nova forma de comunicação entre a indústria, o varejo e o consumidor através do próprio produto. Essa é a proposta do código 2D, que tem capacidade de armazenamento de dados ampliada, na comparação com o atual modelo utilizado. "É uma evolução do código de barras. Ele mantém a função da gestão da unidade de venda, mas também possibilita a inclusão de outras informações, podendo armazenar dados sobre a empresa e o produto, como origem, rastreabilidade ou informações destinadas ao consumidor", explica Luciana Pellegrino, Diretora Executiva da Associação Brasileira de Embalagens (Abre), com exclusividade ao Jornal Giro News. Para a dirigente, a tecnologia agrega valor à embalagem, tornando-a ativa na comunicação com o consumidor.

Adesão de Varejistas e Indústrias
A implantação do código bidimensional é um movimento mundial que está em fase piloto e é liderado pela GS1. "Estamos orientando e incentivando o mercado a usar. A adoção é voluntária, mas queremos que, em um futuro próximo, os varejistas estejam aptos para receber o modelo e a indústria queira colocá-lo nos produtos", projeta Ana Paula Vendramini, Gerente de Engajamento Setorial da Associação Brasileira de Automação - GS1 Brasil. No país, há iniciativas de adesão em indústrias como Vapza, Café Pacaembu e Fazenda Bela Vista, além do varejista Supermercado Pinheiro. "No segmento de frutas, legumes e verduras, cerca de 2 mil produtores já inseriram o código 2D em suas embalagens", destaca Ana. A implementação está mais avançada em países como Alemanha, Austrália e Bélgica, onde varejistas colocaram a tecnologia em produtos frescos.

Desafios do Mercado
Segundo a GS1 Brasil, no período de transição entre o modelo atual e o novo formato, as embalagens deverão conter ambos, para, posteriormente, adotarem apenas a versão 2D. "Para a indústria, o desafio é a impressão de um código que tem dados variados, ou seja, toda vez que há um lote diferente, o código é diferente", detalha Ana Paula. No varejo, é necessário adaptar o software e ter equipamentos que leiam o código bidimensional. De acordo com Luciana, da Abre, a tecnologia faz parte de um novo momento do segmento de embalagens. "É um mercado muito bem estabelecido, que vem trabalhando novas alternativas de digitalização dos rótulos. A indústria manteve atuação nos dois anos de pandemia e, agora, resgata o potencial de geração de negócios", finaliza a diretora.

17/05/2022

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