Produtos Vegetais e Integrais Ganham Espaço no Portfólio
Nestlé Investe R$ 400 Milhões
Os novos comportamentos de
consumo fizeram a Nestlé reestruturar sua estratégia, passando a investir
pesado em alimentos e bebidas considerados mais sustentáveis. Novos públicos
também entraram no radar, como os flexitarianos - que querem diminuir o consumo
de carne e optam por produtos de origem vegetal. "No Brasil, nos últimos cinco
anos, foram investidos mais de R$ 400 milhões em pesquisas e produtos para
intensificar lançamentos de alimentos mais funcionais, integrais e
fortificados, com ingredientes como vegetais, vitaminas e minerais, grãos e
sementes, além de reduzir ingredientes sensíveis à saúde da população",
explica, com exclusividade ao Jornal Giro News, Gisele Pavin, gerente da área
de Nutrição, Saúde e Bem-Estar da Nestlé.
Novo Conceito para Lançamentos
Atualmente, os produtos mais
buscados são os lácteos, achocolatado e leites culinários, afirma a executiva.
Para captar novos shoppers, a companhia adicionou ao seu portfólio produtos
orgânicos e plant-based, como as versões vegetais das cápsulas Dolce Gusto, o
KitKat Vegano e o sabor chocolate e banana do Ninho em pó vegetal. "De acordo
com um estudo realizado pelo CLab, laboratório interno de pesquisa da Nestlé
Brasil, aproximadamente 20% das pessoas já se consideram flexitarianas. O
consumidor está em constante mudança e as marcas acompanham essa evolução",
destaca. Essas mutações refletem em um consumidor mais atento aos ingredientes
e valores nutricionais dos alimentos, buscando por soluções personalizadas e
adequadas ao seu estilo de vida.
Relação Além do Consumo
De acordo Gisele, as novas
demandas vão além do produto. Agora, os shoppers analisam, também, o
posicionamento das marcas que consomem. "Temos observado um brasileiro que
espera que as marcas solucionem problemas sociais. Eles estão dispostos a mudar
o comportamento de compra para ajudar a reduzir o impacto negativo no meio
ambiente e preferem comprar produtos de empresas que tenham propósitos
alinhados aos seus valores." Para a executiva, apesar dessa busca, o cenário
econômico ainda gera insegurança e, com a diminuição da renda e o aumento da
inflação, o consumo sofre impacto direto. "Os consumidores se veem obrigados a
escolher por categorias prioritárias no momento da compra ou por substituições
de marca", finaliza.