Categoria Abocanha Novos Canais e Ocasiões de Consumo
O Potencial dos Snacks
A amplitude de ocasiões de
consumo é a principal aliada da categoria de snacks, que teve crescimento duplo
dígito nos últimos anos, de acordo com a Nielsen. O segmento é impulsionado por
fatores como a procura por indulgência e a retomada do consumo on-the-go,
afirma Fábio Melo, diretor de Marketing da M. Dias Branco. "Em 2021, o mercado
apresentou forte crescimento, tanto em volume (+7,2%, referente ao último ano
móvel/Out'20 à Set'21) e ainda mais em valor (+19,8%)", destaca o executivo.
Para Priscila Pizano, diretora de Marketing da General Mills no Brasil, a
pandemia também trouxe um crescimento para os snacks denominados saudáveis.
"Segundo a Euromonitor, a categoria de snacks, em 2021, movimentou faturamento
11% acima de 5 anos atrás."
Reforços na Estratégia
Neste cenário, as
indústrias estão ampliando os investimentos na categoria. "Tivemos em 2021 um
recorde de inovações de portfólio, com 16 lançamentos de snacks", ressalta
Cecília Dias, VP de Marketing para Salty Snacks da PepsiCo Brasil. A companhia
adaptou sua estratégia para o e-commerce, visto que a categoria é firmada pelas
compras de impulso. Já a M. Dias Branco reforçou o portfólio com a aquisição da
Latinex, que detém as marcas Fit Food, Frontera e a exclusividade de vendas da
marca Tyrrells no país. "É uma categoria bastante aquecida, com lançamentos
constantes, ainda com espaço para ampliar a distribuição em diferentes canais,
com destaque para o e-commerce e pequeno varejo, além de investimento massivo
em ativação de marca."
Oportunidades de Crescimento
Até 2026, o mercado de
snacks deve movimentar R$ 89,3 bilhões, de acordo com a Euromonitor. "No
Brasil, o segmento de pipoca pronta ainda é pouco explorado, com a presença de
poucas marcas e com perfil premium. A General Mills pretende popularizá-lo,
explorando a marca Yoki", antecipa Priscila. O consumo em recepções em casa -
hábito que ganhou força na pandemia - também deve sustentar esse crescimento.
"Um dos fatores que podem contribuir é a mudança de comportamento do
consumidor, que está mais aberto ao consumo de snacks salgados", conclui
Cecília Dias. Para Fábio, existe, ainda, espaço para explorar produtos de maior
valor agregado e as diferentes faixas etárias, sobretudo de consumidores mais
velhos.