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Hiper Perde Mercado

Avanço do Cash & Carry Desafia Manutenção do Formato

18/10/2021

Hiper Perde Mercado
Hiper Perde Mercado
Hiper Perde Mercado
  Nos próximos cinco anos, o Brasil deve ganhar de 500 a 600 novas lojas de cash & carry, segundo uma projeção feita pelo GPA, com base em dados de redes como Assaí Atacadista, Atacadão e bandeiras regionais. No entanto, este avanço tem trazido adversidades a outro formato: o hipermercado. Neste cenário, o GPA anunciou, na última semana, sua saída do segmento de hipermercado no Brasil, com a venda de 71 lojas do Extra Hiper ao Assaí Atacadista, por R$ 5,2 bilhões. "Na última década, o Extra Hiper foi extremamente desafiado pelo mercado, especialmente pelo grande avanço do cash & carry no país", revelou Jorge Faiçal, Diretor Presidente do GPA, em videoconferência com analistas.

Cash & Carry Muda Foco

  Segundo o executivo, o cash & carry tem se transformado em um formato para consumidores finais, com menor participação, neste momento, de pessoas jurídicas. "O formato vem ofertando, cada vez mais, novas propostas de valor, como setores de perfumaria, pet shop, alimentos e, mais recentemente, com vários setores de produtos frescos, como açougue, padaria, hortifruti etc. Então é um momento difícil para o hipermercado se sustentar, não somente no contexto atual, mas também considerando o futuro." Em uma tentativa de acompanhar o cash & carry, o Extra Hiper, que foi lançado no Brasil em 1985, já havia iniciado um sistema de precificação que também contempla o atacado. Para o CEO, até certo ponto, o projeto foi bem-sucedido, mas talvez tenha tido um timing inadequado.

Vendas Despencam no Hiper
  Além da queda em vendas de produtos alimentares, neste ano, o hipermercado sofreu a redução de volumes expressivos na comercialização de eletroeletrônicos. Na análise do GPA, futuramente, o formato poderia passar por uma "desidratação" gradual, com as vendas, aos poucos, de lojas da bandeira Extra Hiper. Por isso, a ideia foi se antecipar a esse movimento. "Seria muito esforço para pouco retorno", destacou Faiçal durante a videoconferência. "Um hipermercado caro é um hipermercado morto. Quem não fizer apostas expressivas para competitividade dentro do segmento de hipermercado pode ter diversos problemas."
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